segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Reflexões Sobre o Consumo Infantil

 

Aproveitando o fim de semana do dia das crianças, uma reflexão:

Normalmente, as questões que temos mais dificuldade em tratar são as que desconhecemos e as que nem percebemos que estamos fazendo.

O consumo faz parte das nossas vidas. E precisa fazer parte. Precisamos adquirir bens e serviços para suprir as necessidades do dia a dia. Com isso a economia gira, geramos desenvolvimento social e econômico.

A reflexão começa quando o consumo passa ao consumismo. Há uma linha tênue aí, onde uma coisa vira a outra. A princípio, quando o consumo acontece sem necessidade, ele virou consumismo. Mas essa é uma reflexão pra lá de difícil, porque bate na questão de o que é uma necessidade real.

A reflexão vale a pena não para definir exatamente quando a linha entre consumo e consumismo foi cruzada, mas para percebermos quando estamos operando em modo consumista.

A grande preocupação com o tema se justifica. A primeira grande razão: as crianças buscam modelos em tudo que as cercam. Você pode até achar que esse ou aquele ato são complexos demais para serem entendidos, ou são inofensivos, mas eles estão sendo absorvidos, de alguma forma. A raiz do consumismo infantil nasce do consumismo dos adultos.

A segunda grande razão está ligada à primeira: realmente precisamos de tudo o que consumimos? O quanto dedicamos de horas de trabalho para ganhar mais dinheiro, para comprar coisas que não precisamos?

Um teste simples que pode ser feito, apenas olhando em volta, é ver o quanto as coisas – serviços e produtos – adquiridas no último ano foram realmente utilizadas.

Em resumo, a preocupação com o consumismo infantil é uma preocupação com o futuro que estamos criando hoje, a partir do exemplo que estamos dando às crianças, quais os valores que estamos dando como exemplo.

A reflexão não é fácil. Quando mais se aprofunda, mais ela pode mudar a vida, em diversos aspectos. Assim, um dos caminhos que pode ser interessante é começar aos poucos. Questione algumas das suas compras – qual a real necessidade disso? – e pedidos das crianças.

O resultado esperado: prestarmos atenção nas coisas importantes, no que realmente faz diferença na vida. Um exemplo simples e que pode estar bem perto de você: precisamos comprar mais brinquedos? Ou seria mais legal redescobrir os brinquedos que já temos?

O que vale mais: possuir? Ou usufruir?

Texto retirado do Blog Casa do Brincar

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...